Tempest, de Julie Cross

Autor: Julie Cross Editora: Jangada

 Tempest é o tipo de livro faz o leitor perder o fôlego!

Jullie Cross não se baseou nas histórias Hollywoodianas para criar seu enredo. Em seu livro, Jackson Meyer descobriu suas habilidades durante um cochilo em uma aula chata da universidade. Mas as viagens no tempo das quais ele é capaz, não são como nos filmes. Ele não pode alterar nada do que já tenha acontecido. Enquanto dá uma voltinha no passado, seu corpo fica em estado catatônico na base principal. Ele consegue retroceder, no máximo, 48 horas e ficar poucos minutos no passado.

Pelo menos costumava ser assim, até pessoas estranhas entrarem em seu quarto e balearem sua namorada, Holly. Então, sem saber como, ele vai parar em 2007. Dessa vez, seu corpo não o esperava em sua base principal. Seu outro "eu" de 17 anos simplesmente havia desaparecido. E ele, por mais tentativas que fizesse, não conseguia voltar para 2009. Estava preso no passado como se todo tempo que viveu até os 19 anos, não tivesse existido. Em meio a angustia de querer ajudar Holly e o desespero de se limitar a antiga realidade, ele vai descobrindo peças que aos poucos vão se encaixando como em um quebra- cabeça confuso.

O único que conhece o grande segredo é Adam. Ele incentiva Jackson a escrever tudo o que acontece durante as viagens, na tentativa de entender suas capacidades. O livro é composto desses registros e lembranças, de modo que toda a narrativa é feita em primeira pessoa.

As revelações são expostas aos poucos, dando oportunidade ao leitor de conjecturar suas próprias teorias. Com uma trama engenhosa fica difícil prever quantas surpresas virão à tona. Todo o enredo é extraordinário, mas o final... é surpreendente.

A autora combinou com perícia muita ação, boas doses de romance e uma incrível sensibilidade. Concomitante as vibrantes façanhas em diferentes dimensões, as relações pessoais foram exploradas de forma muito delicada e humana. Em alguns saltos no passado, Jackson visitou sua irmã gêmea falecida há quatro anos, Courtney.  Ser testemunha da aflição do rapaz diante da impotência de mudar o lamentável fim da irmã foi angustiante. Courtney e Jackson me roubaram algumas lágrimas e me comoveram bastante.

Templest foi o primeiro livro sobre viagens no tempo que eu li. Jullie Cross não apenas foi corajosa em abordar um tema "original", quanto executou essa tarefa com genialidade.

Eu ri. Eu chorei. Eu fiquei ligada na história até a última linha. Quisera eu poder saltar para o futuro e desfrutar de uma vez da sequência da saga. O leitor que gosta de ficção fantástica deve embarcar nessa viagem inigualável.

Gostaram? Fiquem ligados nas próximas novidades.